quarta-feira, maio 31, 2006

Príncipe perdido

Uma vez conheci um príncipe encantado, daqueles que só pensamos conhecer nos contos de fadas e que nos aparecem uma vez só na vida.
Era parecido contigo, tinha os olhos das mesma cor dos teus e o cabelo igual ao teu também. Esse meu príncipe encantado dizia-me coisas bonitas ao ouvido, mimava-me, amava-me... Esse príncipe fazia-me feliz, fazia-me "sorrir com os olhos", acreditar no amor e que os príncipes encantados podiam ser reais. Eu e o meu principe eramos felizes, tinhamos sonhos e planos, desejos e um amor grande, grande, que nos unia...
Mas um dia tudo mudou, e quando o príncipe teve de ir embora, eu fiquei muito triste, sozinha e fui deixando de acreditar no meu principe encantado que agora já não me fazia sorrir com os olhos e ser feliz.
Perdi-me dele...
Perdemo-nos...
Mas diz o ditado que "só damos valor aquilo que temos, quando perdemos" e eu perdi-o... e no dia que o encontrei ele já não me quiz mais. Talvez tenha encontrado outra Cinderella para amar, que o fizesse ser o homem mais feliz do mundo, como ele tantas vezes me dizia, ou talvez o tempo o tenha tornado no príncipe desencantado por quem nao me apaixonei.
Ainda amo esse príncipe parecido contigo, que para mim será sempre encantado, mas ele não me quer mais, já não me faz feliz nem sorir com os olhos, já não me diz coisas bonitas ao ouvido nem me estraga com mimos...
Hoje guardo esse principe encantado naquele cantinho do coração que denominamos para as pessoas únicas e especiais. Sim, porque ele e especial, os momentos que passamos juntos sao únicos e especiais. Não tivemos um último beijo, uma despedida, uma explicação para o que nos aconteceu e para o que nos afastou... Talvez eu não passe de uma Gata Boralheira e ele de um Sapo a precisar de beijos para se transformar em príncipe... talvez!
Mas eu dava-lhe esse beijo.. Dava-lhe o mundo e tudo o que ele me pedisse, só para poder voltar a sorrir com os olhos e a ouvir a voz dele perto do meu ouvido, a dizer-me coisas bonitas.
Mas...
Perdi-o... e quando o encontrei... ele já não me quiz...




*Serás sempre o meu principe encantado, único e especial e embora tente e me recuse " pra' sempre vou gostar de ti..."
Beijos daqueles que só nos sabemos, daqueles que eram só nossos, lembras-te..?*


Mafalda

quarta-feira, maio 24, 2006

...


(foto da net)

Raiva....
de mim!
Saudades....
tuas!
Momentos...
os nossos!
Livros...
o que me dês-te!
Música...
a do teu coração a bater junto do meu!
Dor...
da tua ausência!
Dia...
do nosso primeiro beijo!
Ano...
2005!
Nome...
Catarina e Francisco!
Cor...
dos teus olhos!
Dia da semana...
o dia da tua folga!
Cheiro...
o teu!
Beijo...
o teu!
Sonhos...
os nossos, perdidos!
Vontade...
de te ver, abraçar, beijar...!
Desejo...
de te ter de novo um dia!
Sorriso...
o teu!
Prenda...
a nossa aliança!
Pedido...
Volta para mim....

terça-feira, maio 23, 2006

"Sick of love songs..."


"And I'm so sick of love songs
So tired of tears
So done with wishing you were still here
Said I'm so sick of love songs so sad and slow
(...)
I'm so fed up with my thoughts of you
And your memory
And how every song reminds me
Of what used to be"


Sick Of Love Songs - Ne-Yo

sexta-feira, maio 19, 2006

Parabens Bebé

Parabens atrazados bebé que já foi de eu...
Bebé que eu tanto gostei...
Bebé que me fez rir e chorar...
Bebé que eu perdi...
Bebé tonto e cheio de manias...
Bebé de que tenho saudades, às vezes!
Bebé tonto sempre apaixonado...
Bebé que nunca esquecerei...
Bebé, para mim serás sempre o bebé que guardo no coração!


Beijos no coração*

quinta-feira, maio 18, 2006

Diário da tua ausência – como me lembro de ti

(foto retirada da net)
Saio. Caminho triste com as mãos sepultadas nos bolsos, com a cabeça baixa e olhar compenetrado e percorro aqueles pequenos jardins, apanhando em cada esquina memórias de ti como fragmentos de luz, onde tudo se torna mais claro e te vejo por breves momentos e te esfumas a seguir na mesma luz que te trouxe nesta ilusão insana.
Sento-me naquele banco em pedra onde estivemos sentados os dois juntos.
(...)
Lembro-me do cheiro que ficou no cachecol que nunca mais lavei, até ao cheiro desaparecer como tu um dia depois desapareceste. E lembro-me de ti claro. Como se me lembrasse das coisas mais felizes da minha infância. Correr no meio das canas do milho à procura de tesouros escondidos, andar descalço no chão rugoso em cimento nas tardes quentes de Verão à sombra da ramada, marcar o golo da vitória no recreio da escola e refrescar-me com o leite escolar achocolatado, sonhar em tocar um dia na lua com as próprias mãos e voar… sonhar que um dia podia voar como um pássaro livre. E é assim que me lembro de ti. Como o de que melhor teve a minha vida, nunca pela dor de não estares aqui, comigo.
Os óculos de sol são a única coisa que impede que as pessoas na rua percebam que os meus olhos agora choram. Choram de felicidade e de saudade por ti. (...)"


terça-feira, maio 16, 2006

On / Off


Eu queria ter um botão... Daqueles que ligam e desligam... On e Off.
Queria desligar-me de ti da mesma forma com que tu desligas-te de mim...

Queria ter um botão desses que desligasse o meu coração e fazer com ele parasse de doer...

Um botão que nos desligasse o tempo que precisamos para nos curar de um amor como o nosso, perdido...
Infelizmente ainda não nos fabricam com botões desses e temos de (sobre)viver à dor.
Pena ser o nosso amor, um amor perdido, que seja preciso desligar, quando a parte do teu coração que julgei que me tinhas dado, pensei ainda bater com o meu...
Parece que te esqueces-te de carregar no off meu amor!

segunda-feira, maio 15, 2006

Esta noite...



Esta noite enquanto dormia, alguém entrou no meu quarto...

Não lhe vi a cara, mas senti que lá estava.
Não lhe senti o cheiro, mas senti que lá estava.
Não lhe ouvi a voz, mas senti que lá estava.
Senti que lá estava pois penetrou-me no coração, deixou-se lá ficar durante algum tempo e depois foi embora...
Deixou um bilhete na almofada:
"Invadi-te a alma e o coração...!"
Por momentos pensei que fosses tu, não foste...
Descobri que foi ela, a tristeza, que me invadiu sem saber, quando acordei de manhã a chorar...