domingo, abril 16, 2017

Fim

Tal como existe um princípio existe um fim. E o fim chegou. Acaba aqui o que não tinha fim... o que era eterno acabou realmente connosco. Acabou contigo e na tua frieza, e comigo na minha solidão povoada sem ti.
Não existe lugar nenhum para o nós, a vida cada vez é maior, e as metades ja nao se juntam. Já não existe a metade de mim.
Fomos um conto de fadas sem as fadas  e o final feliz. Não existe nada mais a ser escrito. Acabou se o diário da nossa paixão.

Achei que nunca ias conseguir fazer me esquecer te, mas aos poucos estas cada vez mais perto. É o preço da tua felicidade, da tua liberdade, do que realmente te é importante. Não ficou nada por dizer, até as palavras gastamos nao foi...? E depois delas gastas nem as atitudes interessam.

Agora o tempo vai passar, acabaram as coincidências, e este estranho amor está por um fio. Preciso enterrar te para nao me enterrar a mim primeiro. E desta vez sou egoísta por mim, e não escolhi, fui obrigada. Considero contudo que o meu egoísmo foi um mal necessário. Sempre achei que não te poderia cobrar nada, não o farei agora, mas agora mais que nunca somos estranhos um do outro. Mais que nunca somos passado sem futuro. E tantas perguntas que me ficam na garganta.... talvez noutra vida, noutra dimensão, noutro mundo.

Serás eterno em mim, como tudo o que um dia me fizeste ser, crer e sentir. Mas a casa que construiste ca dentro esta em ruinas e so foi feita uma chave. E eu que queria tanto ser como tu, ter a mesma força que tu, seguir assim como tu...

Vou matar te, a ti e a esta sentimento que está ca dentro, mas juro que é em legítima defesa! Chega de jogos, chega de dúvidas, chega de incertezas... afinal são so palavras e a maior prova eu ja senti na pele... desta vez fecho as portas e as janelas e fico comigo e os comigos de mim mesma, mesmo que em ruínas, sem o meu melhor amigo e sem o meu amor.

Primeiro que tudo e sempre, para sempre OBRIGADA.
DESCULPA, eternamente.

Metade de mim morreu.


terça-feira, março 28, 2017


E tenho tanta coisa para te dizer.. e sinto tanta coisa que não te posso dizer... e sinto-me tão longe de ti, de mim, de nós... e tanta coisa irá mudar... e as saudades de ti, do meu melhor amigo, daquele que me conhece melhor que ninguém, do meu porto seguro, da minha metade... e preciso tanto de ti e que me digas que vai tudo correr bem e que juntos  seremos sempre mais... porque estou cansada de ser forte o tempo todo... e estou cansada de me enganar a mim mesma.... e as saudades do teu abraço e da segurança que ele me da... e a outra metade de mim es tu...


quarta-feira, fevereiro 08, 2017

Dias

Há dias em que me bate uma saudade da felicidade que me causavas... dias em que apenas queria os meus olhos nos teus e a certeza da segurança. Saudades do nós que antes existia, e da certeza absoluta de que o mundo poderia desabar que tu estarias aqui, ao meu lado, a segurar a minha mão.
Saudades das tuas mãos, das nossas mãos que acabavam sempre entrelaçadas, do teu riso, da forma como me fazias sentir segura e protegida, tua, e ate da rotina e como encaixavamos um no outro.Do teu abraço, do enrolar dos teus braços nas minhas costas e da tua mão na minha cara.
Era tudo tão seguro, tão simples que assustava, tão natural que parecia perfeito demais. Saudades de me sentir vulnerável, saudades de nao ter que pensar tanto antes de agir, da simplicidade e da facilidade que tinhamos em advinhar o que  sentíamos ca dentro. Se fechar os olhos quase que sinto essa felicidade, o quente deste amor que ja existiu e os meus olhos sorriem.
Isto é saudades sabes? E saudades tuas e minhas. Não são saudades do teu corpo, ou do meu corpo no teu, é mais que isso. Sempre foi mais que isso. Tem haver com a alma, com a tua e a minha. Tem haver com o que realmente deixamos ca dentro e com o encaixe que perfeito... chama-lhe o que quiseres, mas hoje até tenho saudades minhas. Contigo. Nossas. Tuas.

sábado, janeiro 28, 2017

Manhãs

Esta manhã na mesa da cozinha viajei no tempo... algures num café com leite e uma simples sandes apareceste tu e os nossos pequenos almoços. Apareceram as amanhãs  de fim de semana cheias de preguiça, os risos e beijos, o teu sorriso e os meus olhos com todo o nosso mundo la dentro, os teus pés nos meus e a conversa banal de quem não se importava com o mundo la fora. Apareceu a rotina normal de uma qualquer manhã, em que o pequeno almoço era tomado em conjunto numa inigualável conexcao em que as palavras as vezes não precisavam existir, apenas os olhares e os sorrisos... Esta manhã entre um café que quase soube ao teu beijo, entre um silêncio sem sorriso ou qualquer olhar, entre uma simples sandes sem qualquer significado senti a minha falta contigo, senti a tua falta comigo e nesta quase liberdade é quase assustador que seja para sempre assim. E eu que quis acreditar que nada disso me fazia falta, que era so o costum
E ja no fim do café com leite abano a cabeça e entre um suspiro falei comigo mesma dizendo que "estas coisas so mesmo com o tempo se podem esquecer...".

domingo, janeiro 15, 2017

Projeto 25

"O fim aproxima-se a passos largos. E és tu a puxá-lo para nós. Não notas, mas és. Sinto-o porque não te esforças para me fazer feliz, para me mostrares o mundo, para me dares a conhecer o novo. Não procuras mais do que aquilo em nos tornámos. Sinto-o porque o meu sorriso já não te contagia e porque ver-me chorar é agora aceitável. Já não te impacta, já não te dói cada lágrima que deixo fugir. Sinto-o porque me gritas por muito pouco e usas a tua força para me assustar demasiadas vezes. Vestes personagens que identifico nos meus maiores pesadelos. Sinto-o porque não demonstras entusiasmo, porque as horas passam sem uma chamada e porque as noites repetem a eterna monotonia. És carnal e nada mais. Sinto-o porque já não demonstras a paixão louca que trazias contigo, nem as borboletas que se espalhavam em ti. Já não te tiro o sono. Sinto-o porque me escondes verdades e me contas mentiras, porque me enumeras consecutivamente os defeitos que me caracterizam. Sou eu que digo que te amo, que repito que te quero e que te peço para vires. Sinto-o quando o momento da despedida já não dura eternidades. Sinto-o quando te vais embora e não te custa. Sinto-o na tua voz, na tua ausência e na forma particular de me amares diariamente.

O nosso fim aproxima-se a passos largos. E és tu a puxá-lo. Não notas, mas és. Antes eras uma criança apaixonada, hoje és um adulto habituado.
Estou perdida.

Inês"