terça-feira, novembro 10, 2015

Gavetas

O nosso coração é deve ser como uma cómoda. Em cada gaveta temos de arrumar as pessoas que lá vão entrando, cada uma delas com uma etiqueta simples, com palavras que nos façam recordar do que são ou o que foram.

Nas primeiras gavetas devem estar aquelas coisas que não tem um lugar cativo, fixo, arrumado e que estão mal arrumadas para que a possamos voltar a abrir vezes sem conta, ate ao dia em que já sabemos onde devem realmente estar. Deve ser esse o objectivo da primeiras gavetas, aquilo que nos serve mas que nem sempre levamos connosco mas que teimam em lá estar para nos relembrar de algo ou ensinar de algo...

Nas do meio devemos ter aquilo que é importante, aquilo que nos esta realmente bom, que nos serve e serve sempre, nos cai bem e que temos orgulho em ter. Momentos, pessoas, palavras, livros, seja o que for. Cabe lá tudo. Deve lá caber tudo após boa seleçao, após reflexão do que nos trouxe, se acrescenta. Se serve!

Na ultima deve estar o que é eterno. O que passe o que passar está lá, faz parte de quem somos e do que nos tornarmos. É o que carregamos para sempre. O que esteja o que tiver nas outras gavetas lá permanece, intocável, impenetrável. Talvez nessa mais que nas outras estejam os sentimentos, mais que pessoas, mais que momentos, mais que palavras.

Há que arrumar as cómodas, dar a cada lugar uma coisa, colocar etiquetas, eternizar outras e confirmar outras tantas. Eu continuarei a arrumar as minhas cómodas, a criar etiquetas, a eternizar momentos, um dia haverei se conseguir ter tudo arrmado.

MPalma

27-9-2014

Sem comentários: