Ás vezes acredito que o mundo não gira, mas sim as nossas vidas. Que o mundo não é redondo mas um bruto de um quadrado onde andamos todos às voltas. Sim, recrio-nos, a nos ser humanos, como baratinhas tontas, desnorteadas, há procura de coisas diferentes mais iguais. Sim, podemos comparar a nossa vida a um quadrado, a um bruto de um quadrado, onde andamos às voltas, com as antenas ligadas, desnorteados todos com a busca daquilo que pensamos querer e depois não queremos, com aquilo que julgamos querer e que depois já não queremos. Sim, posso mesmo resumir a nossa simples vida há metáfora de baratinhas tontas dentro de um quadrado. Corremos quatro cantos sempre há procura de qualquer coisa, percorrendo-os todos, como peregrinos há procura da capela certa para orar.
No final, se é que existe um final, metade de nós, digo, das baratinhas, deixam de ser tontas e acomodam-se, aprende a viver com as outras baratinhas e fingem ser felizes naquele mundo quadrado que funciona como um jogo no qual metade morre e metade morre mais tarde.
Ok, ainda há uma parcela, ínfima, de baratinhas que tentam fugir do mundo quadrado e acabam rotuladas e “baratinhas desnorteadas e malucas” e depois é ouvir falar delas nos pequeninos hospitais para “baratinhas desnorteadas e malucas” construídos há medida para as mesmas.
No final, se é que existe um final, metade de nós, digo, das baratinhas, deixam de ser tontas e acomodam-se, aprende a viver com as outras baratinhas e fingem ser felizes naquele mundo quadrado que funciona como um jogo no qual metade morre e metade morre mais tarde.
Ok, ainda há uma parcela, ínfima, de baratinhas que tentam fugir do mundo quadrado e acabam rotuladas e “baratinhas desnorteadas e malucas” e depois é ouvir falar delas nos pequeninos hospitais para “baratinhas desnorteadas e malucas” construídos há medida para as mesmas.
16/8/2006
Foto tirada da net
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