Assim que chegou enterrou os pés na areia. Fechou os olhos e sentiu a brisa a bater-lhe na cara. Cheirou aquele cheiro a mar que tanto adorava e foi em direcção à beira-mar.
Estava maré baixa e a praia deserta, comparou a praia há sua vida: deserta. Desde que ele se tinha ido embora tudo ficou deserto, todos os sentimentos se perderam num turbilhão, todos os momentos se perderam num vendaval e tudo o que ficou dito desapareceu, só restou a dor e a vontade de mudar tudo, construir uma máquina do tempo e voltar atrás.
Recordou os seus olhos... Lindos! O cheiro do cabelo, o encaracolado, as mãos... Recordou cada poro da pele dele, cada cheiro que ele tinha, lembrou-se de todas as expressões dele, principalmente do sorriso.
Recordou todas as promessas, todos os planos, todos os momentos daquele amor maior que o mar...
Durante muito tempo ficou ali imóvel, sem saber o que fazer, sentindo uma mão cheia de sentimentos, ora felizes, ora tristes. Sentia tanto a falta daquele ser que lhe encheu os dias durante tanto tempo, tinha saudades de ser amada como só ele sabia ama-la, tinha vontade de o abraçar, de lhe ver os olhos e beijar a boca. Saudades de lhe sentir o cheiro do cabelo quando lhe dava beijinhos no pescoço, dos abraços fortes onde lhe pedia em silêncio que nunca a deixa-se.
Sem saber o que fazia, ou talvez com a maior da lucidez foi de encontro ao mar. Estava frio, não havia muitas ondas, apenas uma ondulação. Encheu-se de água até aos tornozelos, depois aos joelhos, cintura, peito até que ficou submersa, a sentir-me rodeada por todos os lados, por todos os orifícios do seu corpo. Tremia de frio, começou a chover. O céu ficou cinzento e as nuvens uniram-se como que para ver o espectáculo.
Debaixo de mar, fechou os olhos. Imaginou-o uma última vez, o ultimo beijo e beijou o mar como se fosse ele. Entregou-lhe o corpo e a alma, num gesto de desespero. Já não sentia frio, e as gotas da chuva já nem as sentia. Lentamente sentiu-se levar... A ultima coisa que viu foi o seu rosto, antes de adormecer, de se entregar...
Recordou os seus olhos... Lindos! O cheiro do cabelo, o encaracolado, as mãos... Recordou cada poro da pele dele, cada cheiro que ele tinha, lembrou-se de todas as expressões dele, principalmente do sorriso.
Recordou todas as promessas, todos os planos, todos os momentos daquele amor maior que o mar...
Chorou.
Durante muito tempo ficou ali imóvel, sem saber o que fazer, sentindo uma mão cheia de sentimentos, ora felizes, ora tristes. Sentia tanto a falta daquele ser que lhe encheu os dias durante tanto tempo, tinha saudades de ser amada como só ele sabia ama-la, tinha vontade de o abraçar, de lhe ver os olhos e beijar a boca. Saudades de lhe sentir o cheiro do cabelo quando lhe dava beijinhos no pescoço, dos abraços fortes onde lhe pedia em silêncio que nunca a deixa-se.
Sem saber o que fazia, ou talvez com a maior da lucidez foi de encontro ao mar. Estava frio, não havia muitas ondas, apenas uma ondulação. Encheu-se de água até aos tornozelos, depois aos joelhos, cintura, peito até que ficou submersa, a sentir-me rodeada por todos os lados, por todos os orifícios do seu corpo. Tremia de frio, começou a chover. O céu ficou cinzento e as nuvens uniram-se como que para ver o espectáculo.
Debaixo de mar, fechou os olhos. Imaginou-o uma última vez, o ultimo beijo e beijou o mar como se fosse ele. Entregou-lhe o corpo e a alma, num gesto de desespero. Já não sentia frio, e as gotas da chuva já nem as sentia. Lentamente sentiu-se levar... A ultima coisa que viu foi o seu rosto, antes de adormecer, de se entregar...
... Sorriu
Foto: Anacanela
Foto: Anacanela