quinta-feira, janeiro 01, 2009

Mil formas

Queria ter mil formas para de mil formas me expressar. Ter mil caras, mil corpos, mil palavras, mil gestos para chegar até onde não consigo ir. Ter a possibilidade de fazer o dia ser maior que as 24horas para que assim tudo fosse perfeito e nada fica-se por fazer, tornando possivel dizer tudo aquilo que nao se disse, mostrar o tanto que falta mostrar, fazer o que nao se conseguiu porque o tempo é escasso, o tempo é pouco quanto tudo em nós é muito, quando tudo é muito e nao conseguimos que tudo seja tudo.

Há tanto de mim que desconheço, tanto de mim que desconhecem. Falta-me os gestos e as palavras, a razão de tudo e o ponto final que nao consigo colocar em tudo o que ja devia estar mais que acabado.

Mas porque? Porque teria tudo de ter acontecido desta forma? Cansa-me viver...

Já nao sei o que procuro, perdi-me entre lágimas e palavras, pensamentos e opiniões. Deixei de ser eu, passei a ser outra pessoa, aprendi a sobrerviver, desenvolvi a poção anti-sofrimento e deixo-me levar como se fosse uma folha que leva o vento. Danço consoante a musica, procuro migalhas para encontrar o regreso a casa, a casa onde fui feliz, onde tanto tive, onde tanto já me deram.
Silêncio! É de silêncio que preciso, de irracionalidade, de parar de tentar perceber o que nao têm razão de ser, mas que o é,. De abraços apertados, de sorrisos, de ouvidos, ouvidos abertos mesmo que custe ouvir o que se diz. Quero hibernar até saber fazer as perguntas certas, compreender as questões, perceber o que nao entendo e que algém me dê respostas!! É de respostas que preciso. Curtas, simples. Sinto-me a endoidecer, dentro de mim mesma, estou cansada de batalhas, de guerras, até das palavras que tanto para mim já foram. Paz!! É de paz, para perceber, para parar, para fazer parar o que já nao doi de tanto doer. Se ao menos tudo fosse mais facil... Se pudesse-mos corrigir os erros que cometemos, apagar a dor que se causa, falar em vez de calar, deixar de imaginar e fazer acontecer, perceber que os sonhos são isso mesmo, sonhos e que nada é como se quer. Quantas vezes já dissemos adeus para tantas vezes regressar-mos? Acho que preciso de voltar a acreditar que um dia serei novamente feliz, porque ja nao sei se sei, ja nao sei o que sentir, o que pensar, o que fazer. Improviso porque mais nao sei, mais nao sou capaz. Nao sou perfeita e nao consigo mais calar, nao consigo... Desculpem-me aqueles a quem magou, desculpem aqueles que me julgam forte quando neste momento tão fraca me sinto. Desculpem aqueles me o caminho me abriram e eu nao consegui seguir, aqueles que me amam e eu nao sei amar e aqueles que nao me sabem amar e eu amo.
Recordo tudo o que já fui, tudo aquilo que ja quis ser e tudo aquilo que hoje sou e nesmo assim nao me encontro, perdida em mim mesma estou. Entre memorias de paixao, sentimentos, felcidade e dor, lutas e batalhas perdidas, nao me encontro porque me tranformei em algo que nem mesmo eu sei o que é. Melhor? Pior? Nao sei...

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