As palavras já não têm o mesmo significado, tudo mudou. Perdesde a capacidade de amar e eu a de esperar por ti, nas noites frias e quentes, nos teus gestos perdidos e olhos fundos. Já nada significa para ti aquilo que significou antes, as palavras perderam-se assim como os sonhos, levaste-os tu, enquanto te procuravas no fundo dos meus olhos. Não soubes-te procurar-te ou não quises-te, pois todos lá te viam menos tu. Ficas-te perdido entre o que era amar e o que tu querias que fosse o amor. O que nunca percebes-te é que nada é como queremos, nem como tu queres, nem como eu quero. Tento explicar-te isso, mas nem isso vês, não entendes a língua que te falo pois nunca ninguem te ensinou a falar desta forma. Não sabes lidar com aquilo que desconheces e preferes ser tu a inventar outra forma de amor, preferes construir conceitos e sentimentos em vez de os entenderes.
Digo-te para me esqueceres para depois te procurar, para te fazer entender que não é preciso sofrermos tanto. Para te lembrar, ou acreditar, que existe um "se", e existe sempre um "se". Mas não queres ouvir, queres que seja o tempo a dizer-te e digam o que disserem o tempo não é igual para toda a gente. O tempo consome-nos, faz-nos perder. E a ti que te fará o tempo? Dar-te-á respostas para perguntas que nem tu mesmo sabes quais são? Já te pedi uma vez e volto a pedir.
Não cometas os mesmos erro que eu já cometi.
5/11/2008